Categoria: Artigo

Retiros de meditação

Uma prática comum entre meditadores, especialmente em meio aos iniciantes e medianamente experientes, são os retiros de meditação. Eu, particularmente, já estive em vários deles, alguns muito bons, outros nem tanto. Tenho, inclusive, queridos amigos que promovem – ótimos – retiros para meditadores. Hoje, falaremos sobre esse tipo de atividade.

Será que os retiros são a única opção para meditar? Será que eles são a melhor opção? Será que só trazem vantagens? Bom, isso depende do que se busca, pois pode ser uma “faca de dois gumes”. Vamos listar, aqui, neste texto, algumas vantagens e desvantagens desta prática.

A primeira vantagem dos retiros está na intenção. Aquele se inscreve, paga e vai para algum recanto viver uns dias de (quase) ascetismo, já tomou uma decisão. Quer aprender a meditar… ou quer praticar ainda mais meditação. Geralmente, é uma pessoa que já não tem barreiras contra a meditação, ou que pelo menos já derrubou a maioria delas. Sua disposição torna a prática mais fácil, e os primeiros resultados mais visíveis.

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Morte e meditação

Há muito, algumas correntes místico-filosóficas utilizam a lembrança da morte como instrumento de preparo para a meditação. Quer saber como

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O meditador e a atenção

Já sabemos que a meditação costuma trazer seu praticante para o momento presente. Já sabemos, também, que a meditação parece melhorar a concentração nas tarefas diárias. Aqui, falaremos sobre um dos efeitos que propicia este benefício: o efeito da meditação sobre a atenção do praticante.

À medida que vamos meditando, dia após dia, vamos trazendo alguns efeitos da meditação para o cotidiano, para os momentos em que não estamos meditando. Podemos imaginar a prática da meditação como um círculo, desenhado em uma folha em branco. A cada prática meditativa, seria como se pingássemos algumas gotas de tinta azul dentro desse círculo. Em dado momento, o círculo estará inteiramente preenchido pelo azul. Mas a prática continua, e aí, pouco a pouco, a tinta azul vai atravessando a linha que delimita o círculo. A cor azul, passo a passo, “transcende” os limites do círculo e começa a aparecer também fora dele. Imagine, agora, que o papel dentro círculo é mais absorvente, permitindo que a tinta azul logo preencha o círculo; por outro lado, fora desses limites o papel é de outro tipo, menos absorvente, fazendo com que o azul, ao extravasar- se, vá colorindo muito lentamente o papel fora do círculo.

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Mudanças “internas” do meditador

Praticada apenas de forma eventual, a meditação terá efeitos muito próximos às técnicas de respiração e/ou relaxamento. No entanto, ao manter a prática regular, o meditador conhece algumas mudanças, que envolvem a esfera emocional, cognitiva e comportamental. Hoje, falaremos sobre este cenário.

Muitos trabalhos de pesquisa, estudando a meditação, mostraram que apenas a prática regular trará os resultados benéficos que são classicamente associados a este método.

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Meditação e confiança

A prática da meditação exige confiança. Primeiramente, é preciso confiar no instrutor. Em segundo lugar, é necessário confiar no método. Em terceiro, deve-se confiar na âncora. Depois, terá que se confiar no processo. Por fim, os meditadores mais adiantados precisarão confiar em “algo maior”. Sobre isso, conversaremos hoje.

Frequentemente, a prática meditativa é apresentada como obrigatoriamente associada a correntes místico-filosóficas, ou a uma religião, ou ainda a um grupo de praticantes que nega – porém pratica – o sectarismo (não me oponho ao caráter religioso, ou filosófico, da meditação; quero insurgir-me apenas, contra o tom de obrigatoriedade).

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Falando – demais – sobre meditação

Sobre meditação, muito se fala, e pouco se faz. Hoje, escrevemos sobre a ineficácia do discurso excessivo, e sobre a importância da prática meditativa.

O famoso Prof. Herbert Benson, um dos ícones mundiais no estudo científico pioneiro da meditação, escreveu certa vez que, nos primeiros anos de suas pesquisas, ele evitava meditar, pois não gostaria que suas sensações “contaminassem” seu poder de observação. Como acadêmico, entendo a preocupação do Prof. Benson, embora meu caminho como meditador tenha sido bem diferente (comecei a meditar aos 17 anos e comecei a estudá-la academicamente aos 38). No caso do Prof. Benson, ele pensou em observar de forma imparcial os efeitos do método, e isso foi bom por um tempo, pois ele obteve resultados bem animadores em seus artigos, sem que se pudesse dizer que ele já estava propenso a isso por conta do próprio aprendizado meditativo. Por outro lado, se recorrermos à sua definição do método, nós vemos que ele acabou por incluir a meditação dentro do que chamou de “resposta de relaxamento” (Benson H, Beary JF, Carol MP. The Relaxation Response. Psychiatry 1974;37:37-46.). Essa definição se referia a um estado decorrente de uma série de procedimentos que conseguiam aquilo que era chamado de redução do alerta, com diminuição do tônus do sistema nervoso simpático. Isso correspondia a um relaxamento psicofísico, com queda da freqüência cardíaca, menor freqüência respiratória, redução do tônus muscular, aumento da temperatura de extremidades, dentre outros achados.

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Meditação e ansiedade

Meditação e ansiedade sempre estiveram inversamente relacionados. É comum vermos anúncios com fotos de meditadores, tendo escrito embaixo “no stress”. Mas, o que dizem alguns estudos sobre o tema? Sobre isso, falaremos hoje.

O primeiro estudo que focou sua atenção sobre meditadores e estado ansioso foi publicado em 1976, por Williams, Francis e Durham, utilizando a meditação transcendental. Os voluntários praticaram durante 6 meses e, ao final, viu-se menor tendência a quadros neuróticos, especialmente entre os homens. Além de perceber o aparente efeito da meditação sobre a ansiedade, esses autores teriam percebido uma ação que possivelmente varia com o gênero do voluntário. Contudo, vale lembrar que, àquela época, a ansiedade parecia ser um evento preferencialmente masculino, enquanto a depressão era tida como evento tipicamente feminino; bem diferente do que ocorre nos dias atuais, quando a freqüência de quadro ansioso, entre as mulheres, também já atingiu patamares preocupantes.

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Pose de meditador

Há alguns meses, reencontrei uma conhecida instrutora de meditação, também fundadora de uma escola de meditadores. Perguntei-lhe: “como vai aquela

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Técnica: meditando no “Ponto Interno”

Neste mês, apresentamos uma nova técnica de meditação, que costumamos chamar de “meditação no Ponto Interno”. Ela está entre aquelas mostradas em nosso livro “Medicina e Meditação, da MG Editores. Os interessados poderão encontrar o nosso livro através do link: http://www.gruposummus.com.br/detalhes_livro.php?produto_id=939.
Esta, por ser uma técnica mais sutil, exige um treinamento de “âncora” já bem estabelecido.

Pratique esta técnica, apenas, depois de conseguir, no mínimo, 90 dias consecutivos de prática, na técnica anterior que mostramos nesta coluna (“meditando em 3 tempos”). Como eu já disse, se você começar a praticar técnicas mais sutis sem um bom treino de âncora, poderá ser levado a estados modificados de consciência compatíveis com auto-hipnose, e não com meditação.

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A meditação e o momento presente

“Meditar é estar no presente”. Eis uma frase frequentemente ouvida. No entanto, cria-se aqui um frequente equívoco. Sobre este mal-entendido iremos conversar este mês.
Desde sempre, a prática da meditação é associada com a prática de estar no “agora”, e isso tem um completo sentido. Geralmente, sempre estamos recorrendo a memórias (ou seja, no passado), ou então fazendo planos e criando expectativas (ou seja, no futuro). Raramente alguém está completamente no agora.

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