
A origem e a história da meditação
Durante a elaboração da nossa tese, precisamos estudar um pouco sobre a provável origem histórica da meditação. Hoje, divido com
Durante a elaboração da nossa tese, precisamos estudar um pouco sobre a provável origem histórica da meditação. Hoje, divido com
Em maio de 2008, defendemos nossa tese de Doutorado, junto ao Departamento de Obstetrícia da UNIFESP, porém resultado de esforço conjunto com o Departamento de Psicobiologia da mesma escola. Hoje, falaremos um pouco sobre esse trabalho.
A tese teve duas partes. Na primeira, ela apresentou uma definição operacional de meditação, avaliando a reação da literatura. Verificamos uma ampla aceitação, inclusive com citações pelo NCCAM-NIH (National Center for Complementary and Alternative Medicine – National Institutes of Health) e pela AHRQ (Agency for Healthcare Research and Quality, além de monografias das Universidades de Loyola (EUA), da Flórida EUA) e Louis Pasteur (França), dentre várias outras citações. Segundo alguns, neste momento, esta parece ser a mais adequada definição operacional de meditação disponível na literatura. Não vou me alongar sobre a definição porque ela já foi explorada nesta coluna (vide artigo “O que é meditação”).
Sempre dissemos que a meditação é um método promissor, muito útil, de baixo custo e praticamente isento de efeitos colaterais. No entanto, apesar de bem raros, existem alguns eventos indesejados que podemos encontrar em meditadores.
Alguns efeitos colaterais foram citados pela primeira vez por Benson, Beary & Carol, em texto de 1974 (Benson H, Beary JF, Carol MP. The Relaxation Response. Psychiatry 1974; 37:37-46). Naquela época, existiam apenas relatos esparsos, envolvendo distúrbios de sono e eventuais alucinações; porém, em todas as observações, nenhum dano foi notado entre aqueles que limitaram o número de práticas a um máximo de dois períodos diários de 20 a 30 minutos.
Sem dúvida, a primeira semana de prática traz certas dificuldades ao meditador iniciante. Dentre elas, muitas vezes está o problema
Em nossos workshops, após a prática de alguma técnica de meditação, costumo ser “crivado” de perguntas, com várias dúvidas sobre
A meditação tem evoluído gradativamente, de um método restrito a correntes místico-filosóficas (predominantemente orientais), para um procedimento com amplas possibilidades em área de saúde. O mesmo vem acontecendo com diversos outros métodos complementares, como mostraremos no nosso texto deste mês.
Se alguém ainda pensa que os métodos complementares em saúde, tais como a meditação, ainda recebem pouca atenção da comunidade acadêmica, engana-se. Eles vêm conquistando um crescente espaço nas últimas décadas.
Hoje, dirigimos este texto para quem gosta de ler sobre meditação, e se pergunta o que aconteceria com nosso cérebro durante esse procedimento.
Depois de certo tempo de ausência (concluindo nosso Doutorado), voltamos a nos encontrar, para conversar sobre esse assunto que muito nos interessa – a meditação – aproveitando para indicar algumas leituras que explicam as alterações cerebrais decorrentes desta prática.
Muito se fala sobre o estado que decorre da meditação. Aliás, esta é a maior de todas as confusões quando se conversa sobre esse assunto: confundir a técnica com o efeito. Sempre que nos encontramos antes, aqui nesta coluna, falei sobre os aspectos operacionais da meditação. Hoje, pela primeira vez, falaremos sobre o estado alterado de consciência que decorre do processo meditativo.
Ao se meditar, seguindo os preceitos operacionais adequados, instala-se um quadro de modificações corporais já bem descritas pela literatura médica. Diminui-se a freqüência cardíaca; reduz-se a frequência respiratória; relaxa-se a musculatura; diminui-se o metabolismo corpóreo (cai o gasto de energia do nosso corpo); alteram-se as ondas cerebrais; altera-se o funcionamento de algumas regiões do cérebro; e assim por diante.
Nas últimas décadas, a meditação vem deixando de ser uma prática estritamente ligada a correntes místico-filosóficas e, aos poucos, vem ganhando espaço também como método de apoio à saúde. Muitos estudos vêm considerando o uso da meditação para distúrbios de ansiedade, doenças cardiovasculares, quadros de dor crônica, problemas do sono, dentre várias outras situações em saúde. E isso, sem falar no seu enorme potencial como instrumento de saúde preventiva, sendo um método de boa eficácia, baixíssimo custo e quase que isento de efeitos colaterais.
Como prometemos no nosso último encontro, aqui apresentamos uma técnica de meditação. Antes de praticá-la, porém, tenha muito bem estabelecidos
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